sábado, 10 de janeiro de 2009

DIGA ESPELHO MEU!

DIGA ESPELHO MEU!

Espelho, espelho meu, conte-me a verdade sobre mim, me fale de meus dias bons, me fale dos momentos felizes, espelho, me diga como foi o dia em que me puseram neste quarto pela primeira vez, você me achava com cara de joelho ou o fofinho da mamãe.
Ah espelho! Como será que era este quarto sem mim, fale-me um pouco de você, eu te incomodei com meu choro não foi.
Espelho, espelho meu, você sabe como eu sou, você sabe que eu gosto muito de falar, na verdade, pode dizer, eu falo demais mesmo, mas espelho, eu quero te ouvir, bem, eu não sei se quero mesmo, do que você vai falar, você deve me conhecer melhor que eu, você viu minha mãe sentada aqui comigo ainda na barriga!
Espelho, você sabe que eu não sou tudo isso, você sabe que as vezes deixo de ser sincero, você já me viu sendo desonesto comigo mesmo, bem aqui no nosso território.
Você acha que eu deveria fazer com que minhas atitudes falassem por mim, porque eu não sou a mesma pessoa alegre quando algo me aborrece, porque eu sou tão bom as vezes e tão mau outras.
Eu sei que não é fácil pra você, ver tantos sorrisos numa noite e em outras uma cara tão inchada de choro. Talvez a inconstância seja o maior desafio a ser vencido por um homem, talvez os grandes homens sejam aqueles que mantêm suas vidas em uma linha reta, pois é fácil ser feliz quando há felicidade, é fácil desperdiçar lágrimas em meio à dor. Loucura é sorrir em toda e qualquer circunstancia, achar o brilho do sol em meio a densas nuvens, saber que não será preciso dormir esta noite de luz acesa, pois as trevas se dissiparam pela manhã.
Espelho, espelho meu, existe alguém mais bonito, feliz, rico do que eu, é claro que existe e eles andam por aí, alguns passam lá em baixo agora, outros estão em seus carrões, daqui é possível ver que há uma dezenas deles indo e vindo pelas ruas, mas eu nós sabemos que não há em nenhuma avenida alguém que seja eu, pois quando me puseram neste quarto pela primeira vez, você viu um rosto ao qual nunca mais veria outro igual.
Se há na avenida alguém feliz, de fato não posso saber, pois a vida torna-se para alguns, mascarada o ano todo, os mestres perdem seu ritimo, atrasam-se para a família, dormem esgotados na sala, verdadeiras rainhas sem reis, reis majestoso apenas no orgulho, perdendo o dia da alegria, deixando com que se esfriem os tamborins, os corações, o amor, obrigando-se a seguirem para o recuo, parando, destoando, sambando e atravessando momentos que as vezes perduram pelos 361 dias.
Devemos buscar nota dez, recarregar dia após dia as baterias, subir dando saltos para a família, amigos, carreira, tendo a coragem e a honestidade de olhar no espelho e dizer: você tem que melhorar, você pode fazer melhor, você é capaz de mudar esta situação!”
Assim, não haverá avenida que você não atravesse seguro, não espelho que te condene, não a outra nota a ser dada, senão a dez, pois saber que existe alguém mais feliz que eu é fato, mas saber que não existe alguém como eu, também é!
As minhas atitudes determinarão que eu serei, é tolice querer novos resultados, fazendo as mesmas coisas, portanto espelho meu, olhe pra mim, olhe nos meu olhos e diga que vês um vencedor, um vencedor em qualquer situação, alguém que pode te olhar nos olhos em qualquer dia do ano e soltar um sorriso, buscando a evolução, alegando estar baseado no amor, amor ao que faz, aos amigos, a família, a Deus!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

QUANTO MAIS ALTO, MAI EU!

Quanto mais alto, mais eu!

Voar, voar, subir, subir... Este é o trecho de uma musica muito famosa e
gostos à parte, uma musica também muito bonita. Não sei quanto a você, mas
eu particularmente, ainda nos tempos de criança, quando ouvia esta canção,
tinha vontade de realmente voar, fechava os olhos e imaginava-me subindo,
subindo!
Poesia a parte, fato é que a vida se vive acordado, de olhos bem abertos
para algumas coisas e fechados apenas para algumas outras. Voar, voar,
subir, subir, voar para alcançar os sonhos, alcançar um lugar na sala de
aula, voar sobre os livros, sobre os desafios, sobre o abismo das
desilusões, subir de turma, de posto, de cargo, de grau, subir, subir...
O desejo de subir é absolutamente parte da vida de um ser humano, queremos
ser o primeiro desde a corrida ao útero. Quando buscamos o primeiro lugar,
ser o melhor, o numero 1, o mais bem visto e quisto e ao obtermos tal
posição, temos a oportunidade única de vermos nós mesmos, somos capazes de
ser o vencedor, mas muito mais que isso, somos capazes de vermos o vencedor
mais de perto, de dentro, mas erramos quando somos primeiro lugar, porque o
primeiro lugar nega-se a olhar nos olhos do primeiro lugar, já quando somos
segundo, somos praticamente obrigados a olhar para o primeiro lugar,
cumprimenta-lo, abraça-lo no pódio, nem que seja apenas para a foto.
Olhando para o primeiro lugar, sendo o segundo, buscamos ver onde ele
acertou, onde trabalhou mais que nós para obter tamanho sucesso, usamos seus
métodos e treinamentos, para basearmos como serão os nossos daqui em diante.
Quanto mais alto, mais somos nós mesmos, maridos que enriquecem e abandonam
o lar, esposas que fazem o mesmo, jogadores que ignoram suas famílias, suas
origens, comemoram gols sozinhos, com gestos e palavras de auto afirmação,
atores que se consagram e não dão mais entrevistas, reis que ignoram
províncias menores, lideres que mantém distancia dos seus liderados.
Estar em primeiro, na condição de primeiro, traz exposição, exposição para a
torcida, os amigos, a família, a mídia, etc., mas se pararmos para analisar
as vezes que chegamos a primeiro, se formos sinceros, veremos que por muitas
vezes mudamos de atitudes quando estivemos na condição de primeiro, às vezes
o simples fato de sermos o cliente, tratamos mal o garçom!
Ser o numero um mostra aos outros quem você não é, mas mostra a você quem
você é!
O numero um pode ser muito aplaudido por uma serie de pessoas que não o
conhecem, mas ele pode ser vaiado por uma única pessoa, aquela que conhece o
coração dele.
Os grandes homens são aqueles que quando sobre o mais alto monte, sintam-se
a vontade como nos campos, quando na mais honrosa vitória, busque o que se
pode melhorar para sofrer menos perdas.
Ser grande é uma questão de coração, não de posição, talvez seja por isso
que muitos destes grandes homens tenham vivido com plebeus, tenham andado em
meio aos necessitados, tenha lutado por outros ao invés de si, talvez seja
por essas razoes que muitos deles estão abaixo de nós e em suas faixas de
campeões esteja escrito: “aqui jaz...”.
Os grandes entendem que estar no topo é questão de merecimento e não de
pertencimento, pois entendem que embora estejam ali, pertencem ao povo,
sabem de onde vieram e principalmente para onde vão, fazendo com que outros
os sigam, sendo capazes de perder para que outros ganhassem, quanto mais
altos, mais desciam para buscar outros, quanto mais deles mesmos, mais se
davam, perto fazendo-se longe, fortes chorando com os fracos, fracos
bradando com os fortes, ausentes perceptíveis por todos, presentes
imperceptíveis.
Hoje podemos dizer que mais um homem entra na galeria dos grandes, capaz de
abrir mão de suas razoes e emoções, descendo para que outros subissem,
quando o condutor é conduzido ao altar, participante que assiste, quando o
ator principal está na platéia, quando o jogador chora do banco, seguindo os
passos do amor, sendo amado do amado!
Pastor Carlos e sou do meu amado, o líder e os liderados, o amor e os
amados, a diversidade cruzando com a unidade, o ser ao invés do ter.
Quando as emoções se cruzam no campo de batalha, por certo haverá morte, mas
quando os vitoriosos são derrotados pelo dom supremo, a noite vira dia, o
vale se torna em mananciais, a morte se rende a vida, os homens se tornam
meninos, as mãos se tocam, os rostos brilham, as lágrimas mudam o sentido!
No dia 23 de novembro de 2008, o teu brilho brilhou em nós, fazendo-nos
caminhar seguros em tua direção, sabendo que em teu coração sempre existiu
um caminho sobre modo excelente, o caminho do amor, o caminho da fonte de
vida, nos fazendo te querer mais, nos fazendo te ver mais, te ver na moldura
mais importante na face da terra: o outro, o outro Carlos, o outro
Alexandre, a outra Patrícia o outro Rodrigo, a outra Carol, o outro Roger, a
outra Nadjane , o outro Ronaldo, o outro Pedro, o outro Alexandre, o outro
Luciano, a outra Letícia, afim de sermos um, como tu e o pai o são,
fanzendo-os ver que tu estás de fato,em nós, portanto:

“Sou do meu amado e ele é nosso!”

Por: Luciano Pierre

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

HOJE SAIO VENCEDOR!!

Hoje saio vencedor!

Vencer, vencer , vencer, alem de ser parte do hino de um clube, esta palavra repetida por três ou mais vezes, nos soa muito familiar. Afinal quem não quer vencer. quem nasce pensando em ser um derrotado.
Ser vencedor ou derrotado, muitas vezes depende do ambiente externo, daquilo que está a nossa volta, daquilo que fazem conosco e neste aspecto, em alguns casos, temos que reconhecer que tudo a sua volta, levou a derrota. Mas fazendo uso de mais uma frase muito usada por ai, a que diz: “ não é o que fazem contigo e sim o que você faz com o que fazem com você”, penso que não há vitorioso ou derrotado que o resultado obtido não tenha passado por suas mãos.
Em busca de vitórias a todo instante, vamos acumulando uma bagagem para a vida e com a experiência obtida nelas, acabamos por colecionar, também, vitórias.
É bom vencer, é bom ter a sensação de que se atingiu o grau Maximo, o lugar em que se almejava. Quando buscamos uma vitória, não é raro empenharmos todas as nossas forças, chegando muitas vezes a ir alem dos próprios limites, dando aquele algo a mais e só então obtendo a vitória.
Um vencedor revela uma vitória, mas nem todas as vitórias trazem um vencedor, pois o que determina um vencedor não é a quantidade de vitórias e sim o quanto ele age como vencedor. Na copa do mundo de 1994, estávamos a pouco mais de 20 anos sem uma conquista, estávamos com uma seleção de médio porte, a nossos olhos, e ainda tínhamos como maior craque, um jogador indisciplinado. Após o titulo, uma frase marcou o grupo, quando em meio a uma entrevista, perguntado sobre a hora em que o jogador Baggio vai bater o pênalti, o que Tafarel pensou. Sem hesitar ele diz: eu orava a Deus para que ele perdesse, pois todo nosso trabalho como grupo poderia ser esquecido caso eu defendesse, pelo fato de todos os holofotes se voltarem para mim.
Vitória e vencedor nem sempre andam de mãos dadas, o fato é que de 1994 tivemos um grupo de vencedores que obtiveram uma grande vitória, mas o que você deve lembrar é que são as grandes vitórias que trazem os maiores riscos de gerar perdedores. Você pode perder muitas vezes e pode ganhar muitas vezes, o que irá te definir como vencedor ou perdedor, é o dia seguinte, onde o vencedor está pensando na próxima batalha, certo de que independente do resultado do dia anterior, ele precisa trabalhar mais, porque se foi vitória, certamente seus adversários virão mais fortes e se foi derrota, estará buscando os pontos a serem melhorados para superar seus adversários, já que ninguém é invencível!
Já os derrotados, mesmos que alcancem o lugar mais alto do pódio, irão continuar derrotados, o derrotado após uma vitória, acorda mais tarde e repete tal atitude por pelo menos mais alguns dias e em caso de derrota ele prefere nem acordar!
Por trás da vitória sempre haverá trabalho e por trás da derrota sempre haverá a falta dele, pois o trabalho dignifica o homem, dignifica a vitória , dignifica a derrota, traz o sentimento de merecimento nas vitórias, mas traz a paz de saber que foi com muito esforço que se chegou ao segundo lugar e com um pouco mais, o primeiro lugar do pódio será seu.
Ser vencedor não é a palavra certa a se dizer após uma conquista, o correto talvez deveria ser: estou vencedor, hoje saio vencedor, certo de que amanhã se o mesmo não acontecer, ainda serei um, um vencedor que obteve uma derrota, que obteve a chance de saber que seu esforço, sua dedicação, ainda precisam de ajustes, ainda há pontos a serem melhorados e objetivos a serem atingidos. Hoje saio vencedor, vencedor para uma vida melhor, para uma dedicação maior, para um esforço melhor, para mais aplicação, saio vencedor para não ser derrotado pela vitória, pois o maior pesadelo de um vitorioso, é saber que ele perdeu para si mesmo, para suas próprias razoes, para suas próprias motivações, aquelas que mudaram no momento em que ele pos a medalha no peito.
O que mais pode te frustrar é você mesmo, o que mais te joga para baixo muitas vezes é o que te pos para cima e permita-me mais uma vez fazer uso de frases populares, mas é correta a firmação de que quanto maior, maior a queda. Só cai quem está em cima, time em último não perde posição, tombo de escada de um degrau, não machuca ninguém. Por isso antes de subir planeje as vezes em que terá que descer, pense no quanto é bom estar lá em cima, mas pense no quanto é preciso para se chegar lá, para quando chegares, entenderes que ainda não é um vencedor e nunca será, pois a cada vitória obtida, surge uma nova batalha, cada vencedor tem seu segundo lugar e enquanto ambos viverem, sempre haverá a possibilidade de um ou outro saírem vencedores, não sendo nada anormal se em uma dessas oportunidades, ou em muitas, ele sair vencedor.

sábado, 4 de outubro de 2008

ALO! AQUI É O LADRÃO!

Alo! Aqui é o ladrão!

Quando o telefone toca, seja na sua casa, ou seja seu celular na rua, o que você faz, atende claro! Alguns, primeiro dão aquela olhada desconfiada para o aparelho e só depois, então, atendem.
Quando o telefone toca, nossa mente voa e a alma cai, a mente voa pelo fato de começarmos a imaginar quem poderia ser, que tipo de noticia poderia vir, a alma cai pelo fato de nos sentirmos sem chão, sabemos que temos que atender, mas não podemos decidir o que ou quem iremos escutar, abrindo margem para, talvez, após desligarmos nunca mais sermos os mesmos.
Há muitos contos, filmes, relatos e até mitos envolvendo telefones e telefonemas no meio da noite, há até um filme onde a frase central é: “o telefone toca e alguém sempre tem que atender!” o toque do telefone pode nos trazer diversas sensações, ainda mais com os diversos e modernos aparelhos de hoje em dia, mas fato é que ouvir um telefone tocar, tenha ele o toque que for, nas dá uma angustia para atende-lo.
É muito bom receber os parabéns, a noticia de uma promoção, ouvir a voz de um parente distante, o convite para uma festa, a vaga em uma empresa, a noticia de um nascimento, uma promoção, etc. pelo telefone, como é bom receber tão esperada ligação, há pessoas que enquanto aguardam uma, não saem do lado do aparelho e mesmo que você já tenha recebido algumas tristes noticias pelo telefone, certamente o numero de boas ligações são infinitamente maiores, porém imagine se em uma madrugada fria, seu telefone toca e após atender, você ouve: “alô! Aqui é o ladrão”!
Sabendo que a violência está em toda parte e que ela nos alcança mesmo que andemos na correria, entra em nossas vidas e casas sem ao menos bater na porta e muitas vezes sem sequer usar porta, é absolutamente normal nesta hora vir um tremor nas pernas, uma sequidão nos lábios, suor nas mãos, etc.
Foi exatamente isto que ocorreu numa grande cidade aqui no Brasil, há pouco mais de uma semana e inusitadamente, do lado da linha chamada estava um policial, que ao dizer alô, foi logo ouvindo: “ eu roubei um carro, vou ser bem sincero, eu roubei um carro e quando eu vi tinha um guri dormindo no banco de trás, eu não sabia, eu não sabia, daí eu peguei o carro e deixei atrás do posto de saúde, vai lá pega o carro e fala para o pai do guri pegar ele e levar para casa, se eu pegar ele fazendo isso de novo eu vou matar ele”!
Receber a ligação de um ladrão, está longe de ser uma coisa boa, até porque ladrões bonzinhos nunca foram além das telas de cinema, quem dirá andar por aí as 1:30 da manhã ligando para a policia, ainda dizendo: “ eu vou ser bem sincero, quando nem nós mesmos o somos.
Quando é mesmo que fomos sinceros, não, não, quando é que fomos bem sinceros, sinceros com a pessoa amada, com os amigos, com os pais, com você mesmo!
Vivemos como policia e ladrão, correndo atrás de nós, fugindo de nós mesmos, prendendo e soltando, prendendo nossos sonhos, ousando pouco e soltando nossas supostas razões para não proseguir.o que mais nos priva de viver coisas boas , o que mais nos traz coisas ruins, não é o ambiente externo, não são as pessoas a nossa volta, somos nós, é o ambiente interno que criamos, é a pessoa a sua frente, a sua frente todas as manhãs no espelho. Pense o quanto seria importante em dado momento da vida, recebermos uma ligação nossa, veja se não é a hora de voce ligar para voce, ligar para seus sonhos, seus familiares, seu comjuge, seus amigos, suas vontades, sonhos, sua vida. Ficar na linha, por em linha suas ações e pensamentos, reter algumas vontades, tirar da espera, quem espera e se desespera dentro de você.
Imagine o quenato será bom ver que você ainda tem crédito, que a vida te deu bonus e te deixa falar com o mundo de graça, deixando nas suas mãos ser perdido ou um torpedo.
Use seus créditos, pois de fato você ainda os tem, sua ligação pode até parecer estar com muitas interferências, mas ela ainda não caiu e nem vai cair agora, você ainda tem muito para falar, ouvir, fazer e receber. Se ligue diga a você, que será bem sincero, devolva o volante de sua vida,desça do rumo errado, assuma o controle com toda saúde, acorde o gurique existe em você, leve-o para casa, para a família, para a empresa, para a roda de amigos, leve-o para o mundo, mate o abandono, a irresponsabilidade, transforme seus erros em ligações com os acertos, atenda, entenda, estenda os seus limites e siga na linha do crédito, da realização, do sucesso e principalmente, a linha da verdade, a linha da vida!!

domingo, 22 de junho de 2008

JOGUE SEU BERÇO FORA!!

Jogue seu berço fora!

O berço representa infância e infância representa ausência de responsabilidades

Quando uma mulher sabe que está grávida, logo no momento em que ela recebe a notícia de gravidez, ela exala uma profunda felicidade e com esta felicidade, ela traz também algumas vontades de cumprir algumas tarefas, coisas complexas como a mudança para uma casa maior e coisas simples como comprar sapatinhos e miudezas que agradam ao bebe!

Dentre essas coisas, ela começa a ter como importante e talvez até como uma das mais necessárias, a compra do berço. O berço é escolhido pelo sexo da criança, histórico de tamanho de bebes na família, qualidade de material e um monte de outras exigências cabíveis, mas fato é que o berço sempre é escolhido com muito carinho, pois ele deve proporcionar conforto e segurança ao bebe.

Todo bebe gosta de seu bercinho, ele se sente com seu espaço e sair dali, para outro lugar que não seja o colo da mãe, não se faz necessário, pois ali é o espaço dele, lugar de descanso, conforto, lazer, lugar onde ele observa muitas coisas.

Todos nós deitamos num berço, todos fomos crianças é obvio, mas a vida é regida por fases ou ciclos e no ciclo em que somos crianças, nosso lugar é no berço e mesmo ainda neste ciclo, nós já começamos a dar trabalhos ou você não tem relatos de pelo menos umas três crianças, se não você mesmo, que após certo tempo de vida, não queriam outra coisa se não dormir com os pais? E quando isto acontece, vamos querendo dormir com os pais até mais tarde, não nos acostumamos mais com o berço!

Há a hora de deixar o berço, mas quando isto é feito de forma errada ou substituído pela insegurança de dormir só, levamos conosco a demonstração da insegurança, hoje crescidos somos pessoas que não sabemos mais dormir no berço e muito menos dormir sozinhos, nossas vidas vão passando e nos tornamos pessoas sem segurança.

Jogue seu berço fora, não cabemos mais em certas fases de nossas vidas no berço, mas por outro lado, já somos tão crescidos que não cabemos mais entre nossos pais!

Há filhos que estão sós, não conseguem dar um passo se quer sem o auxílio dos pais e embora crescidos, até mesmo, casados, se permitem ser conduzidos pelos pais.

Não estou dizendo que você deve ignorar seus pais ou deixa-los de lado porque cresceu, casou-se e teve filhos, a verdade é que quando dormimos, muitas vezes estamos acompanhados, mas acordados estamos sozinhos e como costumo dizer: dormir com alguém é fácil, o difícil é viver acordar com alguém, pois a vida não é feita de sonhos, porque se fosse seria bem mais fácil, já que é difícil chorar, cair, se magoar, sentir medo, fome e frio, nos sonhos.

Há certos momentos da vida que gostaríamos de estar com alguém e quando isso acontece e não há pai, mãe, irmãos, ninguém por perto, corremos para o berço, lembramos que de lá era tudo mais simples, só ficávamos vendo a banda passar e na hora certa de receber comida, carinho, atenção, um brinquedo novo, nossos pais nos pegavam.

O berço representa infância e infância representa ausência de responsabilidades e como o nos faz regredir, o que nos tira a paz, o que nos aflige são as responsabilidades ou irresponsabilidades de alguém, corremos para o berço, buscamos o mordedor e os aviõezinhos girando no teto, mas como isso não vem, ficamos mais desesperados do que seguros.

Há situações em nossa vida que gostaríamos muito de podermos ter dez ou vinte anos amenos, agimos como crianças, agimos como bebes, buscamos o berço ou simplesmente nos damos conta de que já estávamos deitados lá faz tempo.

Você pode dizer: mas todo mundo tem problemas, todo mundo se sente fraco pelo menos uma vez na vida, sim claro que todos temos problemas, todos nos sentimos fracos algum ou alguns momentos da vida, mas a diferença em nesses momentos, não está em não passar por eles ou simplesmente saber o caminho do berço, pois quem acha que nunca passara por eles, acaba por não se preparar para as maiores chances de aprendizado e que corre para o berço, acaba por descobrir um quarto frio e vazio, aonde a mamãe não vem buscar!

Quem se prepara para vencer é bom, mas quem se prepara para superar as derrotas, é excelente, quem acha que nunca vai passar por um momento ruin, pode acabar realmente ficando nele e quem corre para o berço, pode acabar marcado pela ausência de socorro.

Jogue seu berço fora, você não cabe mais nele, busque uma cama, lugar onde você cabe, amas precisa ficar firme para não cair nem para um lado, nem para o outro, pois a vida é assim e os maiores vencedores não são os que foram radicais demais ou os que se encolheram e esperaram ajuda, os maiores vencedores foram os que conseguiram alcançar equilíbrio, sabendo onde fica a cabeceira, os lados e o pé da vida, pois quem tem a noção exata de onde está, jamais cai para um ou outro lado. Por mais que o berço pareça confortável e seguro, ali não é mais seu lugar, desde o dia em que você cresceu, você apareceu e se apareceu, não cabe mais, não cabe mais, os aviõezinhos não giram mais, os mordedores não suportam seus dentes e por mais que exista uma criança em voce e é importante que ela exista, não há mais como você ir para o berço, o berço é lugar de passagem, ninguém dorme a vida inteira nele, você não é pequeno para sempre e se é grande, aja como tal, pois os maiores homens da historia passaram por crises, passar por crises é tão normal quanto dormir no berço, mas ficar nelas é tão contrario quanto um adulto dentro de um berço. Portanto jogue seu berço fora, para quando os dias difíceis virem, você não morder borracha, não molhar a fralda e abrir o berreiro, você correr em busca da vitória, da superação, morder a vontade com vontade de vencer, molhar o travesseiro apenas por uma noite, certo de que a vitória virá ao amanhecer, abrir o berreiro e dizer: está difícil, mas eu vou conseguir!

Luciano Pierre

domingo, 30 de março de 2008

POR QUE?

PORQUE E PRA QUE, QUAL A RAZÃO E O MOTIVO DE TANTA DOR?

ESSA PODE SER SUA PERGUNTA, É A MINHA, É A DE MILHÕES DE PESSOAS AO REDOR DO MUNDO, PORQUE DESCOBRIR O CAMINHO ATRAVÉS DO SOFRIMENTO, QUAL A RAZÃO DE APRENDIZADO VIR COM SOFRIMENTO? PARA SE DESCOBRIR OS VERDADEIROS AMIGOS, SEMPRE TEREMOS QUE ESTAR EM UM MOMENTO DIFÍCIL?

A VIDA NOS PREGA PEÇAS E UMA DAS MAIORES DELAS, OU SERIA UM MISTÉRIO DELA, É O FATO DE ENCOTRARMOS AS MAIORES JÓIAS, EM MEIO A TEMPESTADES, JÁ SE IMAGINOU ACHANDO UM DIAMANTE EM MEIO A UM TSUNAMI? OU ACHAR UMA BARRA DE OURO EM MEIO A UM 11 DE SETEMBRO? MAS É ASSIM QUE ACONTECE, NÃO ACHAMOS O MELHOR FRENTE AO BEM, ACHAMOS O MELHOR FRENTE AO MAL, AO MAL MOMENTO E DECIFRAR ISSO NÃO É TAREFA FÁCIL, TALVEZ NEM SEJA TAREFA PARA SER HUMANO, O QUE DE MAIS PROFUNDO POSSO FORMULAR NESTA HORA É QUE A VIDA É ASSIM, AGORA SE INFELIZMENTE OU NÃO, SINCERAMENTE EU NÃO SEI, MAS PENSE: VOCÊ ACHOU UM GRANDE AMIGO QUANDO? QUEM TE APOIOU NAQUELE DIA TERRIVÉL, COMO FOI QUE VOCÊ CHEGOU AÍ, DEPOIS DE QUE NOITE FOI MESMO AQUELA VITÓRIA QUE VOCE TEVE, EM MEIO A QUE SEMANA FOI MESMO A SUA PROMOÇÃO?
É DIFICIL, MAS É ASSIM E TALVEZ, MAS SÓ TALVEZ, SE TORNE MAIS FÁCIL, SE FINALMENTE ENTEDERMOS QUE SE QUEREMOS UMA PEDRA PRECIOSA, COMECEMOS A GARIMPÁ-LA NAS ADVERSIDADES, POIS É DIFÍCIL DE VER, MAS ELAS ESTÃO LÁ, É, ELAS ESTÃO LÁ SIM E VOCE SABE DISSO PORUQE JÁ ACHOU ALGUMAS LÁ!

DECLARAÇÃO!

VENHO POR MEIO DESTA DECLARAR QUE SOU USUÁRIO DE DROGAS, SABEDOR DE QUE NÃO É FÁCIL, DEPOIS DE TANTOS ANOS FAZER TAL DECLARAÇÃO, VENHO TAMBÉM MANIFESTAR AQUI MEU DESCONTENTAMENTO POR TAL ATITUDE.
POR DIVERSASVEZES JUREI, PROMETI,FIZ VOTOS,PACTOS E TUDO QUE ESTAVA A DISPOSIÇÃO, PARA DEIXAR DE SER USUÁRIO, CONFESSO QUE TAMBÉM, POR MUITAS VEZES FIZ PARTE DO TRÁFICO, REPASSANDO DROGAS, INCENTIVANDO PESSOAS IMATURAS E JOVENS A USÁ-LAS E FAZENDO EXPERIMENTOS COM OUTRAS.
AS DROGAS SE APRESENTAM EM NOSSA VIDA, DE UMA FORMA MUITO SUTIL E AOS POUCOS VÃO ACABANDO CONOSCO E QUANDO VEMOS JÁ ESTAMOS TÃO ENVOLVIDOS ,QUE O QUE NOS RESTA É TORNAR-SE UM TRAFICANTE. NO COMEÇO REPASSAMOS PEQUENAS QUANTIDADES, MAS NÃO DEMORA MUITO ATÉ QUE SE COMECE A REPASSAR QUANTIDADES MAIORES.
USAMOS DROGAS DESDE CRIANCINHAS, OU NÃO DESEJAMOS QUE NOSSOS PAIS MORRESSEM, POR NÃO NOS DEIXAREM IR HÁ UMA FESTA OU NÃO NOS DAREM UM BRINQUEDO? POIS É, NESTA HORA USAMOS A PRIMEIRA DROGA, QUE A PRICIPIO, AINDA É FRACA, MAS CONSUMIDA POR DIVERSAS VEZES E EM MAIORES QUANTIDADES, TORNA-SE FATAL, A DROGA DA RAIVA,QUE EM PEQUENAS DOSES, OS EFEITOS COLATERAIS SÃO PEQUENOS, MAS LOGO PASSAMOS A USÁ-LA EM GRANDES QUANTIDADES, TORNANDO-A EM IRÁ FATAL, FATAL NÃO APENAS A NÓS,MAIS MUITOMAIS AOS OUTROS A NOSSA VOLTA.
TODOS SOMOS VICIADOS, VICIADOS NA IRA, NO DESCASO, NO DESRESPEITO, NA INDIFERENÇA, NA CULTURA DO EU PRIMEIRO, NO SE DAR BEM, NA FALTA DE COMPROMISSO, NA INFIDELIDADE, NA DESUNIÃO, NA INCOMPREENSSÃO, SÃO TANTAS DROGAS, QUE SE FOSSE AQUI CITAR UMA A UMA TERIA QUE OBTER DIVERSAS PÁGINAS...

AGRADEÇO A UM AMIGO ESPECIAL, QUE ME AJUDOU A CONFESSAR E PRINCIPALMENTEA BUSCAR TRATAMENTO:

EXMO, EU

EMBREVE ESTE TEXTO ESTARÁ NA INTEGRA PUBLICADO AQUI!

LUCIANO PIERRE!

sexta-feira, 28 de março de 2008

SER OU NÃO SER, EXISTE QUESTÃO?

SER OU NÃO SER, ESSA É A PERGUNTA DE MUITOS A SI MESMO E A OUTROS, SE SER, O QUE SER? SE SER, SER O QUE NÃO SE PRECISA SER, SER MALHOR QUANDO O PIOR ESTIVER A PORTA, SER PIOR FRENTE A QUEM NÃO ALCANÇA O MELHOR.
BUSCAMOS POR DEMAIS, SER ALGO QUE ESTAMOS LONGE DE SER, QUANDO NEM AO MENOS PRECISAMOS SER, ENVOLVIDOS PELO AMBIENTE EXTERNO, SUFOCAMOS O INTERNO PARA MOSTRAR QUE SE É O QUE SE ESTÁ LONGE E FRUSTRADO DE TENTAR SER!
SEREMOS O QUE QUEREMOS OU PASSAREMOS A VIDA BUSCANDO O QUE QUEREM QUE SEJAMOS?
TENTE NÃO SER, MAS PERMANECER COMO ÉS, COMO COMEÇOU A CAMINHADA, POIS POR SOFRERMOS DIVERSAS MUDANÇAS AO LONGO DO PERCURSSO, ACABAMOS POR MAGOAR A MUITO E A NÓS MESMOS, ACHANDO QUE ESTE SER QUE SE APRESENTA NO ESPELHO PELAS MANHÃS, JÁ É ALGUÉM E NÃO PRECISA OUVIR O QUE O SER QUE ESTÁ DENTRO DESTE, PRECISA OUVIR, SABENDO QUE O EXTERIOR JAMAIS MUDARÁ O INTERIOR, MAS O EXTERIOR DESFIGURADO ATROFIA O INTERIOR!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

O IMPOSTOR DENTRO DE NÓS!

O impostor dentro de nós!

A palavra impostor, por si só já é um tanto pesada, falar de impostor é uma conversa pesada, pois quando falamos: “olha”! “Aquele é um impostor, já vai o impostor, você é um impostor”, lembramo-nos sempre de alguém que é capaz de forjar situações, de forma que esta pessoa leve vantagem, saia de forma mais desonesta possível, com algo que represente a parte boa que poderíamos obter!

O impostor dentro de nós, leva o que por direito é nosso, fazendo o uso da força, mas ás vezes sem precisar!

Ao acordarmos dificilmente o vemos, quando deitamos, muito menos, mas o fato é que ele está lá, sempre esteve e se houvesse possibilidade de perguntarmos à pessoa que se apresenta no espelho pelas manhãs, ou ao que se apresenta no espelho, minutos antes de dormir, eles poderiam ser mais sinceros na resposta, nos diriam realmente quem ou o que vêem!

Por meses e anos, podemos trancá-lo no quarto dos fundos, mas, contudo isto, ele não é de forma alguma impedido de continuar levando coisas, preciosidades dadas a nós!

Ao longo dos anos vamos deixando que elas se vão e muitas vezes sem ao menos perceber que se foram, simplesmente quando nos damos conta, elas já se foram, o amor à mãe, ao pai, o respeito, os ensinamentos, o cuidado com irmãos mais novos, a dedicação no serviço, os sonhos, os amigos, a família, a vida.

Perdemos desde um simples conselho, até a própria vida, pois quando ele nos rouba a direção certa, seguimos por caminhos de morte. Ele não põe uma arma em nossas cabeças, talvez por não ser preciso, não nos ameaça, nem pressiona, ele simplesmente empenha-se em manter seu direito de ir e vir, conseguindo caminhar livremente pelos corredores da alma, entrando e saindo pelas portas das emoções, pisando no tapete da razão, olhando pela janela da decisão, certo de que raramente será parado, lhe pedirão documentos ou credenciais para estar ali.

O impostor dentro de nós se coloca nos olhos, nos fazendo ver as coisas do jeito que elas não são, destaca os defeitos, expõe os erros alheios, brilha pela oportunidade de levar vantagem em tudo, nos mostra a vida, a vida que quer que vejamos. Ele se coloca nos ouvidos, os fecha quando quer, os abre demais também, determina o que entra e o que sai, direciona algumas coisas que entram imediatamente á porta dos fundos, substitui palavras, dá uma “cara” nova a elas e as diz que será melhor para elas entrarem desta forma, se ocupando em deixar a casa vazia, alegando que será melhor para futuros hospedes. Ele fala o que quer, quando quer e como quer, o impostor gosta de ficar neste cômodo da casa, ele canta, canta e o mal explana, fala baixinho, grita bem alto, o impostor se sente orador, há momentos em que é seu momento, discursa como o mais eloqüente doutor, conta seus contos a todos os cantos, dita, não hesita, a quem quer que repita o que de sua forma, do seu jeito explica.

Ele está nos pés, nas mãos, não anda, se adianta, corre se é pra ficar, fica para não correr, não guia, desvia, não toca, não dá, não estende, não abre, aperta, desperta, se fecha, decreta.

O impostor dentro de nós se sente em casa, dentro de nós, sente-se em seu habitat natural, percebe que a escritura do nosso interior está em suas mãos, o cofre possui como segredo, a data de seu nascimento, as chaves em sua cintura e a comida nunca falta. O alimentamos, permitimos que se instale no cômodo mais precioso da casa: o coração, lá ele troca os móveis da bondade de lugar, decora com quadros de depressão, maldade, orgulho, indiferença, rebeldia, medo, inveja, ele polui bastante o ambiente, quanto mais coisas puder por, ele porá!

Perder coisas, mudar atitudes, agir de diferente forma, tudo isto é normal, há momentos que até uma reforma na casa, cai bem, mas as coisas precisam ser analisadas e se necessário, jogadas fora, porém, o que é bom deve ser retido, mas o impostor, aquele que está dentro de nós, nos saqueia, nos leva o que é bom!

Portanto, não busque o que está fora, não se preocupe em por a cabeça para fora da janela, não ponha cadeados para o mal não entrar, abra as portas para ele sair, pois o impostor está dentro de nós e tudo quanto perdermos fora, poderá ser reconquistado, mas as perdas internas, deixam vazios cofres muito preciosos. Ponha o impostor para fora, livre-se dele, não permita que um conselho, uma boa mensagem, uma idéia nova, uma pessoa, fique dentro de você por tão pouco tempo, não o permita rouba-lo nada, não o permita rouba-lo ninguém, pare com a correria da vida, apenas por um minuto, entre em casa, entre no seu eu e reflita, pois a qualquer momento ele irá passar bem aí na sua frente, seja na hora de ir a uma festa ou de sentar para ver TV, num sábado muito agitado ou numa simples manhã chuvosa de segunda-feira, ele sempre aparece, ele irá aparecer, não importa se será no meio de uma importante reunião ou numa resposta a um mendigo, não importa o dia, muito menos a hora, pois por diversas vezes ele vem de madrugada, querendo decidir que velocidade andar, que crime cometer, que hora parar, com quem dormir ou até mesmo se dormir, o fato é que ele vem e quando vier, você deve estar pronto para lhe dar ordem de prisão, olhe nos olhos dele, olhe nos seus olhos, decrete a prisão perpétua, para que enfim você seja livre, seja livre do impostor, seja livre de você!

Por Luciano Pierre, trabalhando na investigação de si mesmo!

Baseado na mensagem de Eliel Moura: o impostor dentro de nós.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

O sofrimento que nos traz de volta!

O sofrimento que nos traz de volta!

Se perguntarmos a qualquer pessoa se ela prefere sofrer um ter prazer, a resposta é um sorriso de canto de boca, como querendo dizer: “você deve estar brincando!”, ninguém gosta de sofre, o sofrimento só de falar já nos dá certa aflição. Mas se fizermos uma mudança na pergunta e perguntarmos se você já sofreu, a resposta pode ser a mesma, mas o significado totalmente diferente, mas permita-me mudar a pergunta mais um pouco e faze-la da seguinte forma: “após ter passado o sofrimento, você aprendeu alguma coisa?” talvez a resposta varie um pouco, alguns vão dizer que aprenderam muito, outros já um pouco menos e alguns dizerem que estão aprendendo até hoje, usando o sofrimento vivido, como base para melhora.

Ninguém gosta de sofrer, ninguém gosta de passar tempos desastrosos, tempo de angustia e dor, mas invariavelmente todos sofrem e por mais que busquemos a todo o momento o caminho contrário a ele, ele nos alcança.

Sofrer talvez não devesse, mas faz parte da vida sofrer, todos sofremos em algum momento na vida sofremos e alguns estão preparados outros não, mas sofremos assim mesmo. O sofrimento por diversas vezes não manda uma carta, não liga, não deixa recado na caixa postal, não manda um e-mail, não deixa um scrap no orkut, não dá um prazo, não usa sequer algum meio de comunicação para avisar sua chegada, ele simplesmente corre atrás de nós e nos alcança, parecendo que quanto mais acharmos que não seremos alcançados ou pensarmos que isto nunca vai acontecer com agente, é pior, pois quando acontece não estamos preparados e quando nos alcança chega até a passar na frente.

Quando ele chega e vai entrando sem bater, a primeira coisa que indagamos é porque na minha casa? Porque eu? Tantos endereços para ele entrar, tantos perdidos pela rua sem direção, para se encontrar com ele, porque eu?

Buscamos uma culpa e às vezes nossos amigos, lideres pai, mãe, conjugue, são cruéis na missão de nos sobrecarregar e fazer sofrer mais do que o próprio sofrimento.

Quando você esta sofrendo, a primeira coisa que aparece são dois tipos de pessoas, essas que começam a te olhar estranho, te pondo uma culpa, e as que vêm “lamber sua ferida”. O segundo grupo começa a se lamentar contigo, a dizer que você não merece isso, começa a relatar a benção dos outros, que fulano foi promovido, fulana está grávida, este se mudou para zona sul, aquele comprou um carrão e nós estamos aqui, nesta brabeira, agora tu vê, uns com tanto e outros sem nada! Geralmente, estes são os que estão em situação igual ou pior que nós e sem saber ou sequer buscar a razão do sofrimento, manter a fé, procurar a saída e não como foi à entrada, ficam lamentando seus problemas e os dos outros.

O primeiro grupo é o grupo dos que estão com a vida teoricamente correta, tudo está indo bem e ele é querido e respeitado por todos, ele se acha que enfim, está melhor que você e por isso tem o direito de te dizer que você precisa procurar o pecado que te pos nesta situação.

Quando se sofre, é possível que se tenha feito alguma escolha errada, mas temos que pensar, que também é possível que não se tenha feito escolha nenhuma, afinal ninguém escolhe ter câncer, ninguém busca ser traído, ninguém pede a um assaltante que o mate por nervosismo, precisamos entender que se somos seres humanos, vivemos os problemas dos humanos, temos medos, desejos, qualidades, defeitos, acertos e erros, somos capazes de sorrir, mas também de chorar e se de fato eu choro, não se pode perpetuar a Idéia de que se choro, choro por ter errado.

O sofrimento nos alcança e já disse um grande escritor, não é o que fazem comigo, mas o que vou fazer com o que fizeram comigo e permita-me usar a frase da seguinte maneira: “não é o que acontece comigo e sim o que vou fazer com o que acontece comigo”, existem sofrimentos que nos pegam de jeito e de surpresa, quem nunca se perguntou o famoso: porque eu?

Centenas de carros estacionados e levam o meu, uma multidão de pessoas passando e a bala vem logo em mim, tantos vivendo erradamente, gastando suas vidas e justo eu fico doente, dezenas de casas nesta rua e entram logo na minha, tantos funcionários e demitem apenas eu. Estas são perguntas até certo ponto normais, mas entrar em paranóia, achando que se perdi, se fui penalizado a culpa é minha, Deus não me ama, é um erro. Muitos se voltam para Deus e o indagam, esbravejam que são filhos dele, exclamam que foram criados para serem cabeças e não calda, alguns entram em batalha com Deus, esquecendo-se que se Deus fosse capaz de entrar numa batalha com o homem e perder, Ele não seria Deus e para que nós precisássemos de um Deus que perde para um ser humano como eu?

Precisamos entender que a carne de um homem comum e um de Deus, é feita da mesma coisa, feita de barro e se dois barros caem no chão, eles quebram da mesma forma.

Deus não está preocupado se seremos alcançados pelo sofrimento, ele está preocupado se o sofrimento será alcançado por nós, pois todo sofrimento produz alguma coisas e se produz, produz para a vida, ainda que seja sofrimento de morte, haverá uma produção e o medo de mergulhar no sofrimento com olhos, ouvido e principalmente bocas tapados, nos faz apenas debruçar na borda, vendo, ouvindo e principalmente falando o que de fato ainda não se conhece a fundo!

Tanto é que por quantas vezes você não declarou que não agüentava mais? E você não está aí vivinho e lendo este texto?

O sofrimento nos traz de volta, a fim de sabermos primeiro, que podemos sofrer, o que nos faz mais homens, mais gente, mais humanos, deixando de lado a mística do primeiro da fila em tudo e trazendo a doçura do que está no final dela, mas aguarda com paciência. Sofrer faz parte da vida, existem grandes homens da bíblia que sofreram, alguns com muitos motivos, outros com menos, mas também outros por simplesmente serem homens, haverá vezes em que o cálice não será passado e por mais que se pense estar desamparado, será necessário bebê-lo, você ainda irá passar por muitas coisas, você ainda pode ficar doente, você pode ser reprovado, você pode ser demitido, você pode ser assaltado, você pode até levar uma bala perdida, você ainda vai passar por uma experiência de morte, demore um mês, um ano, uma década, ou até mesmo um centenário, mas você passará por ela, você é homem e homem morre um dia.

Em cada uma dessas coisas, você poderá saber muitos motivos, poderá saber alguns e poderá nem mesmo saber o porquê de tudo isto, mas saberá que uma coisa é certa, que você é apenas um homem, capaz de sorrir, de chorar, de acertar, de errar, de agradar e desagradar, de saber e não saber, de ir alem, mas de ficar aqui, pois sofrendo ou não você é apenas um homem e homem faz tudo isto, o que difere de um para o outro é que alguns pegam o sofrimento e vão, outros o usam para voltar, os que vão, vão embora de casa, vão embora da igreja, da empresa, da escola, do rol de amigos de tudo que os possa lembrar ou manter no sofrimento, fogem de tudo, mas nunca conseguirão de si mesmo, buscam resposta que não mereciam perguntas.

Já os que ficam, ficam mais próximos de tudo, ficam mais próximo da humanidade que há dentro de si, desempregados voltam ao lar, doentes voltam a Deus, reprovados voltam aos pais, assaltados voltam ao país, acidentados voltam à segurança, desenganados, voltam à vida.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

CRESÇA...DIMINUA

Cresça... Diminua!

Quando somos crianças, vemos as conversas de adulto, as prioridades, os pedidos de: “dá licença que é conversa de adulto” e com isso é natural o sentimento que brota em nós, o sentimento de querer ser “grande” logo, de crescer rápido para quem sabe desfrutar destas regalias.

Quando nos chamam de criança, chegamos a ficar chateados, eu me lembro que duas coisas me aborreciam muito: uma era quando me chamavam de criancinha e a outra, que julgo ter sido a mais difícil superar, era quando me chamavam de homenzinho, quando alguém dizia: “ olha! Ele já está um homenzinho”.

Para mim , ou talvez, para todo garoto entre 7 e 10 anos, ele já é um homem, capaz de assumir responsabilidades, eu brigava muito pelos meus direitos nessa idade e é claro, meus pais brigavam muito mais pelos meus deveres!

Querer crescer é normal, é o curso natural da vida, é sadio sonhar com os dezoito anos, quantas vezes eu e meus amigos íamos a festas e mentíamos a idade desde a hora de entrar até a hora de ir embora e conseguir uma paquera, o sentimento de ansiedade, sentimento em ter maior idade, em ser “grande”, ansiedade para poder ir e vir a mais lugares e com mais horas para desfrutar, é quase inevitável, na adolescência julgarmos a vida ser mais saudável aos adultos, quantos adolescentes passam noites chorando, vivem deprimidos, entram em crise com os estudos, com o corpo, com os amigos, com pai, mãe, crise com tudo, quantas noites eu passei no meu quarto, olhando para o teto e chorando, por minha mãe não me deixar ir a uma festa! Sonhamos com a liberdade, com o carro, com a pessoa amada, com o salário no bolso ao invés de depender daquela bendita mesada, que por muitas vezes me foi cortada por mau comportamento ou falta de cumprimento de uma tarefa e devo confessar que sempre que podia fugia da minha, pois ela era simplesmente lavar banheiro e varrer o quintal!

O querer ser está dentro de nós desde o nascimento, queremos ir e vir, fazer ou não, ter direitos, parece que tudo será mais fácil, que todas essas crises nos deixaram no dia em que completarmos maior idade.

Há muitas pessoas que quando chegam à fase adulta, ao invés de fazerem uma transição, fazem uma chacina, matam o sentimento inocente de criança, se tornam maldosos, matam os amigos de infância, matam os desejos, os sonhos, matam a alegria, matam até mesmo os pais, pois muitos passam a vê-los apenas em datas especiais.

Queremos ser homens e mulheres maduros (as), arrancando de nós a raiz da infância, arrancando o sorriso, o olhar doce, a bondade.

Muitos que se dizem líderes, mestres, doutores, governantes e outros, abandonaram a alegria para adquirirem respeito, para demonstrarem seriedade, esquecendo que dentro dele deveria existir uma criança feliz e realizada. O assassinato deste menino interior, muitas vezes gera a morte do homem exterior e este assassinato corre muitas vezes em função do medo, medo de perder a posição, medo de manchar a imagem que ele mesmo criou de si, medo de chorar, medo de rir, medo de ouvir não, medo de dizer sim, medo de errar, de pedir perdão, medo de ter que ficar de castigo!

É melhor matar a criança interior, que admitir que o homem exterior precisa de um castigo, precisa de um tempo no canto da sala sozinho, muitos agem como verdadeiras máquinas, incapazes de admitir seus erros, de confessar que precisam de ajuda, passam por cima de tudo e todos, seja amigo, seja família, seja quem for, passam por cima para enfim conseguirem ser “homens”, serem adultos e obterem, ainda que a força, seus direito!

Todos nós algumas vezes na vida, e não são poucas, precisamos voltar ao tempo de criança, ao tempo em que é capaz de dar um simples sorriso ou chora, ser castigado, reconhecer que errou, fazer aquela carinha de criança que aprontou e admitir ser castigado, pedir perdão ou simplesmente obter uma vez mais, o colo da mãe!

O orgulho por muitas vezes nos impede de fazer tal coisa, nos impede de voltar e reconhecer, talvez por achar que já é grande, você seja incapaz de reconhecer que precisa de um castigo ou um colo e quando se dá conta, você já quebrou muito mais que um brinquedo, já quebrou uma empresa, um negócio, uma carreira, uma instituição, cargos, pessoas, quebrou sua própria vida!cresça, apareça, isso é saudável, mas não se esqueça que sempre que for preciso, você precisará diminuir, precisara voltar, reconhecer suas falhas, sua necessidade de ajuda, de ser guiado por alguém, sabendo que pode rir, chorar, acertar, errar, dizer sim, dizer não, pode ser bastante apaludio, mas pode também ser castigado!

Por: LUCIANO PIERRE

sábado, 12 de janeiro de 2008

A CRISE DO "P"

A crise do “P”

Nos últimos anos a palavra crise vem sendo cada vez mais comum em nosso vocabulário, ouvimos falar em crise a todo o momento, é crise econômica, da aviação, da bolsa de valores, do futebol, do automobilismo e por aí vai, ás vezes parece que o mundo está em crise, só de falar em crise já dá uma em nós. Entramos e saímos de crises, mais entramos do que saímos, pois algumas crises parecem não ter fim e muito menos quererem acabar.

Quando eu cursava o colegial, não era raro encontrar meninas se comunicando com tal língua do “p”, ao pegar cadernos destas meninas, podíamos observar por todas as capas e em algumas páginas, versos e recados escritos nesta língua e devo confessar que nunca entendi bem como aquilo funcionava, a única coisa que me recordo é que uma vogal ou as consoantes eram substituídas pela letra p, o que tornava a compreensão impossível aos que não soubesse como de fato funcionava.

Hoje um pouco mais crescido, vejo uma sociedade que se comunica com outras línguas, muitas línguas, línguas que todos entendem, línguas que ninguém entende, uma sociedade onde muito se fala e ninguém se entende, onde um dia que falou o que o outro não entendeu e ninguém fez o que todos ouviram! Uma verdadeira crise da comunicação, no entanto, dentre todas essas crises, está a crise que mais tem danificado o homem, uma crise que tem causado dia após dias um rombo muito maior que o da crise financeira, que tem sido a maior causa das revoltas, traições, abandonos, insubmissões, infidelidades, rebeldias e abandonos, a crise do p.

A crise do p é a crise da ausência do pai, professor, patrão e pastor na vida do ser humano, ela começa desde muito cedo a se instaurar e os seus resultados vêem causando grandes frustrações na sociedade, que por sua vez não está buscando tempo para resolvê-la. Todos precisam de um pai, pois o pai é o primeiro referencial de liderança na vida da criança, o pai é o apoio e o direcionador na vida do filho, ensinando um dos maiores problemas hoje dos homens: a submissão. A criança que tem um pai presente e tem esta relação de forma sadia, sem ser violada em seus direitos e sem ser saqueada da presença do pai, tem melhores condições de se submeter a toda q qualquer tipo de liderança, seja ela boa ou má. Esta ausência de pai, a falta da figura paterna ou a presença de um pai distorcido em seu caráter, tem gerado jovens insubmissos e irresponsáveis, pois muitos pais só o são biologicamente, preferem pagar ao invés de educar e amar.

A ausência do professor vem como uma soma para o estabelecimento desta crise, pois a cada dia está ficando para trás aquela lembrança do professor amigo, que muitas vezes cumpria até mesmo a função de pai, o que fica depois da hora, só para nos ensinar aquilo que não entendemos bem na aula. Cerca de 90% dos professores da rede pública, são mulheres. Vemos cada mais as mulheres assumindo cargos de chefia, não há mais, também, o chefe que era amigo da família do funcionário, daquele que em épocas de fim de ano, mandava presentes para os filhos dos funcionários, do que conhecia e respeitava cada esposa de seus empregados, o chefe conselheiro, que torcia e zelava pelo empregado.

Na questão religiosa não tem sido diferente, independente de crença e religião, a figura masculina vem sendo diluída, o líder espiritual, seja ele, padre, pastor, guru, pai de santo, guia, ou o que for, está cada vez mais sem tempo, cada vez mais escasso encontrar e falar com esses lideres, causando assim o crescimento das mulheres neste setor, passando suas responsabilidades para freiras, irmãs, mães de santo, adivinha, madres, rezadeiras, etc.

Não há problema algum em mulheres estarem em cargos de chefia ou liderança, o problema é quando para que isto aconteça, a figura masculina fique em segundo plano, ocorrendo a desfiguração do homem na sociedade, a perda do referencial masculino, gerando mulheres inseguras e filhos expostos a carência, insegurança, rebeldia e sensualidade.

Mão é uma só, se xingar a minha mãe eu te mato, a mulher tem que conquistar seu espaço.

Está mais do que na hora da mulher conquistar seu espaço, mas frases como estas, têm gerado certos conflitos, pois tem levado as mulheres a ultrapassarem seu espaço, tem gerado uma orfandade, criando as “super” mulheres, as que têm que ser pai e mãe, trabalhar demais e ainda cuidar da casa e dos filhos, violentando seus de fato direitos.

Um terço dos brasileiros não possuem o nome do pai na certidão de nascimento e se formos ver todos estes casos de acidentes de transito, assassinatos, trafico de drogas, cometidos por jovens, fica claro que o maior problema é a ausência dos pais, um problema que atinge a todas as classes, porque muitas vezes são filhos de gente de classe média alta, mas que simplesmente cometem esses crimes e os pais vão lá e pagam a fiança.

Portanto, dentre todas as crises que estamos vivendo, e não são poucas, busquemos resolver a que mais tem causado danos, a que tem atingido alma e não o bolso, a crise do p.

Tenhamos e sejamos referenciais, busquemos resgatar nossa imagem como homens, afinal mãe é uma só, mas ninguém faz um filho sozinho, sejamos mulheres de posição, da nossa posição, sejamos mães e não pais, para enfim desfrutarmos da família, cultivando o habitar em família, retomando a ordem natural das coisas, para que nossos filhos sintam-se seguros e usarem o p apenas para a brincadeira de criança e não para lembrarem de feridas, magoas, abandonos, revoltas, insubmissões e cicatrizes, cicatrizes estas que o tempo nuca apaga, assim voltaremos a ver nos murais, desenhos com a casinha, o papai, a mamãe, o irmãozinho e eu, a criança segura e feliz!

Luciano Pierre

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

LUZ, CÂMERA...REAÇÃO...!

Luz, câmera... Reação!

Quem já passou pela experiência de gravar um programa de TV, um comercial, uma novela ou aparição qualquer na televisão, sabe que quando a contagem regressiva 5, 4, 3,2,1 começa e a palavra gravando sai, bate aquele frio na barriga, não é fácil ficar frente a uma câmera, os sentimentos são dos mais diversos e dentre todos creio que a vontade de ir ao banheiro prevalece!

O fato é que suamos frio, trememos, pensamos em que “cara” fazer, como sorrir, se sorri ou fica sério. A adrenalina toma conta o corpo, um misto de felicidade e medo, nervosismo e êxtase.

Tive recentemente esta experiência, gravando um programa de televisão e meu problema já começara na hora em que soube que seria bem diferente do que costumo ver na TV, pois lá as bandas muitas vezes fingem tocar e no nosso caso teríamos que tocar mesmo. Naquela hora vi como num passe de mágica, fugir de mim o bom músico e do alto dos meus recém completos dez anos de bateria eu só conseguia avistar a porta do banheiro, e lá estava eu, com aquela terrível vontade de me trancar nele!

Após o termino da gravação do primeiro bloco, quando de fato recuperei a consciência e minha barriga já me deixava um pouco mais em paz, comecei a pensar nas três palavrinhas mágicas, que todos nós, independente de já ter vivido esta experiência ou não, sabemos de cor, luz, câmera, ação.

Quando nascemos, embora o médico não as declare, começa para cada um de nós um programa, um show, um comercial, uma novela ou um filme. Alguns se vendem bastante, às vezes até sem cachê, outros fazem no palco o que não o são na verdade, uns repetem o programa, outros se disprogramam, para uns a novela é a mesma e embora se faça muitas e usem muitas “caras”, nunca vale a pena revê-la, o fim do filme para uns demora demais, para outros é sempre triste. Quando nascemos nossas mães já nos dão a luz daí para frente o que contará é como vamos agir frente às diversas câmeras da vida e câmeras do mundo. Há os que reagem de forma negativa, não são poucos que assim o fazem, fingem a todo instante ser o que não é, ou será que ninguém erra mais? Será que os lideres não têm mais defeitos, os políticos são todos honestos? Não há sujeira no futebol? Não tem mais traição entre casais? Não há gente casado por dinheiro?

Você pode dizer: “eu não, eu sou o que sou, tenho personalidade”. Mas tendo sua personalidade, sendo o que você é, você não é o que queria ser, ou pelo menos deveria ser mais do que é, sendo de fato aquele que você acha que é , mas nunca ou quase nunca alcança ser , pois tira mais que uma hora de almoço, usa o carro da empresa para fins particulares, tira xérox no trabalho, bebe demais, é grosso de mais, é calmo demais, toma atitudes precipitadas, não toma atitudes, gasta demais, desrespeita pai, mãe, amigos, filhos demais! Temos o habito de projetar algo que não somos, para de fato esconder o que só nós sabemos que somos, pois todas essas coisas são erradas, sabemos que são e ainda assim as fazemos dia após dia!

O que conta na frente das câmeras não é sua ação, pois por diversas vezes esta é deturpada pelo ambiente externo, somos muito levados a fazer o que todos fazem e com a velha desculpa do não tem nada a ver, deixando que a situação nos leve a agir. Muitos dos que se dizem valentes demais, sábios demais, “santos” demais e que adoram abrir a boca para dizer que com ele é assim mesmo: fala o que pensa, possuem problemas, arriscando-me a dizer que talvez todos possuam, ou emocionais ou de caráter e nesta situação a ação deles se situa em radicalizar por fora, para esconder o que de fato é por dentro.

Toda ação gera uma reação, não é verdade? Logo a reação frente às câmeras da vida, é o que realmente vale, pois a vida cada dia que passa está mais acionada e quanto mais ação, mais reação tem-se a tomar, sendo nesta hora a hora de decidir se fica e encara reagindo bem ou se corre para os banheiros da alma!

O fato de ficar não garante um bom roteiro, até porque a ocasiões em que a direção não está clara ou sequer está em suas mãos, você pode ficar e fazer como muitos, interpretando um mal papel, se tornando vilão a cada take, sendo o que não tem, muito menos precisa ser, dormindo com quem não tem que dormir, indo onde não tem que ir, levando o que não tem que levar, baseando no que não se deve basear, mandando para a mente o que deveria mandar para o lixo, aspirando o que deveria expirar, entornando uma água que até um pássaro consegue discernir que não se deve beber!

Você pode seguir a segunda opção e correr para o banheiro, pode ser que esteja ocupado ou com uma fila enorme, pois o grupo dos que desiste, se importando em não se importar, achando que o melhor lugar para aparecer é se escondendo, trancando-se entre quatro paredes, preferindo conviver apenas com seu próprio mau cheiro, encontrando-se com o tão falado “eu” e vivendo a experiência desagradável que se é encontra com a verdade e saber que ela não é o que se projetou.

Como será que você está reagindo? Porque agindo já existem muitos, agindo e agindo mal, por isso, novamente a pergunta: como você está reagindo? Como está reagindo ao trabalho, aos filhos, aos problemas de grana, aos problemas sociais, ao governo, aos problemas de casais, aos amigos, a vida?

Não tome nenhuma ação, pegue o que você tem e viva, você já tem a luz, as câmeras estão ligadas, só falta você de fato entrar nessa história chamada: “sua vida”, ser quem você é, sair das quatro paredes, fazer o papel que só você pode fazer, entrar em cena, pisar no palco das emoções com propriedade, guardar o melhor dos textos no coração, o texto da vida, da vida plena, a vida vivida e não deixada levar, olhe para o ponto certo, respire fundo, inicie a contagem: 5,4,3,2,1... REAJA!

Luciano Pierre dos Santos

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Eu sou o cara!

Quando ouvimos alguém dizer que é o cara, nosso pensamento logo nos remete o jogador Romário, famoso por dar esta declaração, Romário colecionou muito amigos, títulos e aplausos, mas também obteve muitos desafetos. Grandes amigos dentro de campo e inúmeras criticas fora dele!

Uma coisa que poucos percebem ou sequer comentam, é que nesta mesma declaração ou pouco antes de fazê-la, o jogador diz que Deus olhou lá de cima e disse: aquele é o cara e só depois de dizer isto é que ele afirma ser o cara, seria ele um jogador abençoado por Deus e marrento por natureza?

Os próprios evangélicos reconhecem que Deus dá os dons a todos, seja a pessoa da religião que for, cabendo a pessoa como, quando e onde vai usar, eles afirmam que isto tem a ver com a tal questão do livre arbítrio, mas deixando as discussões teológicas à parte, o fato é que nascemos sim com dons, podemos identificar em crianças certas habilidades para determinadas coisas, sendo verdade também que quem decidirá se vai usá-lo para o bem ou mal é o próprio possuidor do dom.

Muitos tem usados seus dons, muitos não, uns buscam a todo o momento aprimora-lo, outros, e não são poucos, preferem entrar para a vasta lista dos que apenas tem jeito para a coisa.

No mundo em que vivemos, nestes dias atuais, onde queremos tudo depressa, onde quase não dá tempo para nascer que já somos todos atarefados, temos preferido baixar os níveis, seja em qual área for, pois não temos e não damos tempo para qualificações e não queremos ter “trabalho”, já que manter o nível ou mesmo eleva-lo, dá trabalho!

Quantas madrugadas não perderam aqueles que se tornaram homens de sucesso, quantas horas desgastantes de estudos não enfrentam os “01” de turma, quantas piadas sem graça já não contaram os grandes humoristas, quanto tempo não passam com seus instrumentos os bons músicos? Outro dia vi um ex-jogador de futebol dizendo na televisão que após cada treino ele batia em torno de cem faltas e hoje ele é conhecido como um dos maiores batedores de faltas de sua época.

Estamos preferindo a comida rápida e acabando por nos engasgar com ela, fazemos tudo na correria, abortamos planos, sonhos, projetos, abortamos vidas, pois é mais fácil fazer um filho do que acordar todos os dias com a futura mãe de um, a escada de um degrau é mais fácil de subir, o problema é que depois que a subimos, aí sim queremos olhar para cima, gerando brigas, frustrações, decepções, humilhações e constrangimentos.

Quando Romário declarou ser “o cara”, muitos jogadores o criticaram, mas não vimos muitos, talvez nenhum, dizendo que por não possuir um dom como o dele, iriam treinar mais, iriam abandonar as noitadas ou sequer analisar os vídeos dele para ver questões como posicionamento e frieza na frente do goleiro. É mais fácil criticar do que se qualificar, pois para criticar só é necessário abrir a boca, já para se qualificar é necessário abrir a mente, na critica se perde apenas saliva e oportunidades de ficar calado, na qualificação se “perde” tempo, dinheiro, se perde o conforto de estacionar no degrau onde se está!

Quando alguém diz que é bom em alguma coisa, logo pensamos ser esta pessoa orgulhosa, tentando achar um defeito em algo, se ela diz: “dá em mim que eu resolvo”, criticamos sem dar-lhe oportunidade de defesa, pagamos para ver se ela irá de fato resolver e no caso do jogador, não vimos repórteres dando incentivo, dizendo:” isto mesmo, vai sim, você vai nos trazer a copa, você é bom goleador”, não, o que vemos é uma gama de gente torcendo, gente torcendo para ele se dar bem e gente torcendo para ele se dar mal e ter que engolir tudo que falou, apenas torcendo e mesmo sem o apoio de cem por cento fomos campeões e mais uma vez deixamos passar despercebido uma declaração, a do próprio jogador, artilheiro, melhor jogador do mundo naquele ano, dizer que não sabe marcar e que se não fosse o jogador Dunga (marcador aguerrido) e todo o pessoal da defesa, eles jamais teriam sido campeões.

Quem entra no mar da vida no barco da critica, dificilmente curte a viagem, sequer vê a paisagem, pois as mais belas paisagens podem estar nas entrelinhas da vida, pode estar no seu quarto enquanto estuda, pode estar nos minutos a mais que você decide se organizar melhor naquilo que faz, talvez as grandes perolas de Romário não estejam nas suas maiores declarações e sim nas entrelinhas, o segredo não está em ele dizer que quem sobe agora não pode já ir sentando na janela e sim reconhecer que ele não é o motorista, reconhecendo que ele pode ter sido um grande jogador, mas foi sempre conduzido por alguém.

Portanto se você estiver do lado do cara que sabe trocar uma lâmpada, corra para o interruptor e aguarde o sinal, não se preocupe nas volta que ele dará na lâmpada, preocupe-se em apertar o botão, preocupe-se em apertar os botões de sua vida, em apertar os botões da qualificação, da perseverança, da vontade e da coragem, porque a escada de um degrau é para aqueles que preferem torcer e não jogar , esquecendo que o 12º jogador não participa da premiação, ele grita, pula, vibra, ri e chora, mas não entra em campo e muito menos tem a chance de dar a volta olímpica.

Quem pára no primeiro degrau, nos seus momentos de insatisfações ou na hora em que olhar para cima, vai querer que “os caras” que estão lá em cima desçam pelo menos um pouquinho, quando a verdade é que os 1000 gol de Romário nunca irá diminuir e sim os outros jogadores encurtarão a distancia até eles, fazendo mais gols, quem está em cima não tem intenção de descer e talvez nem possa mais, é hora de quem está em baixo se preocupar em subir, em que degrau você está?!

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

CONVIDE ALGUÉM PARA CHORAR!!

CONVIDE ALGUÉM PARA CHORAR!

Todo mundo gosta de ter amigos, todo mundo gosta de ter muitos amigos, todo mundo precisa ter amigos. O ser humano nasce com esta necessidade de viver em grupo e ao longo dos anos, vai se associando, se acoplando a outras pessoas, de forma que ele em determinados momentos de sua vida não consegue ou não pode mais viver sem determinadas pessoas, já visto que há casais que após 40, 50 anos de casado um morre, o outro vai logo atrás, ha amigos que se conheceram crianças e estão juntos até hoje, de maneira que a vida de um, é parte da do outro, tornando impossível a idéia de um caminhar sem o outro, pessoas que entraram juntos no maternal, casaram-se e vivem bem até hoje.

Embora haja os que pensem que dá para caminhar sozinho, não há como negar que precisamos de pessoas, gente se relacionando com gente, sentimentos que suprem sentimentos, pois até estes que pensam em viver sozinho ou independente, sempre se juntam com alguém, não raro, vermos insatisfeitos se tornando grupos, militantes, organizações, mostrando que até insatisfeito, revoltado, rebelde, seja o que for, se relaciona, precisa de alguém para caminhar junto.

Dos mais introvertidos aos mais extrovertidos, dos mais normais aos mais “loucos”, todos têm e gostam de ter amigos. Na sociedade, desde os mais altos executivos, até os mais violentos criminosos, possuem amigos, nos sites de relacionamentos gostamos de ter amigos, como gostamos de adicionar pessoas, para alguns quanto mais melhor.

Muito se tem discutido sobre o comportamento humano, a psicologia, dia após dia, vem buscando conhecer o homem a fundo, são gestos, atitudes, pensamentos e comportamentos por demais variados, dificultando não só os estudos bem como a própria convivência do homem com o próprio homem.

Por outro lado, em se tratando de amizades, todos têm a mesma preocupação, a de encontrar amigos sinceros e passarmos uma boa imagem para eles, muitas vezes estamos mais preocupados em vendermos uma boa imagem a eles do que deixá-los de fato saber quem somos ou o que estamos passando, pagamos caro por esta imagem, para revende-la muitas vezes a quem nem amigo nosso é.

Vendemos uma imagem de fortes, de estar sempre bem, de que problemas não nos alcançam, como se algum dia o mundo viesse a cair sobre a nossa cabeça, ele racharia. Criamos o habito de estar bem, mesmo quando não estamos, varremos o lixo da alma para debaixo do tapete, para podermos receber a visita de outros que também o fazem.

Sabemos mais, bebemos mais, ficamos com mais, chegamos mais tarde, compramos mais, somos mais que vencedores, quando muitas vezes nem saímos da largada, mas somos todos os dias forçados a abrir um vasto sorriso, vivendo em uma sociedade onde parece proibido dizer ou simplesmente estar mal, onde o dia ruin é arrancado do calendário, onde não se pode fraquejar, dizer: não sei, não tenho, não vou, não quero, não posso, não se pode estar triste, chorar muito menos, pois quem chora é fraco, com isso, dizemos sim a tudo, a todas, vamos aonde nos levam, desrespeitamos quem nos nega, achamos que nosso lugar sempre é no inicio da fila, esquecendo que entrar na fila não é vergonha, vergonha é furar fila para ser o primeiro da fila errada, da fila da morte, da fila da solidão, da fila do abandono, da fila da demissão, da fila dos rebeldes.

Não há ninguém forte o bastante que não se sinta fraco ao menos um dia, conversava com um pastor religioso e ele me dizia o porquê de Jesus Cristo bradar na cruz: Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste, ele afirmava exatamente isto, que pelo fato dele ter se feito homem,. Sentiu-se só, pois a dor era tanta, que ele achou nem estar mais amparado pelo seu Pai. Há momentos em que nos sentimos exatamente assim, pois a dor é tanta que achamos que nem os nossos pais, estão conosco, mas pior é para aqueles que constroem a falsa imagem de que está sempre bem, pois fica aprisionado nela própria, sabendo que se for verdadeiro com aqueles que chama de amigos, eles o rejeitarão, pois qual deputado que confessa um desvio de verba ou algo assim e é bem visto pela sociedade? Como ficou a imagem de Ronaldo após aquele dia ruin na França em 1998?

Qual líder vemos por um liderado para assumir por um tempo, por não estar bem para continuar a frente?

Se somos promovidos, ganhamos uma boa grana, compramos um carro novo, uma casa nova, nossa liderança e vida está indo bem, chamamos os amigos para uma churrascada, damos churrasco desde aniversários até em vitórias do nosso time, mas quando foi que você convidou alguém para chorar?

Preferimos fazer de tudo com todos, para não mostrar a poucos que não somos nada, damos milhões de sorrisos forçados, mas não deixamos uma lagrima cair naturalmente!

Mostrar que está mal é mostrar que é normal, se você está vivo, você está sujeito a chorar e se isto acontecer, não faça força par rir, pois os sentimentos, são para senti-los e se você sente estar mal, sente que a casa precisa de uma faxina, por favor, tire os tapetes e as sujeiras debaixo deles, mostre que você é gente, gente que faz, que sente, que chora e que as vezes, não faz!

Convide seus amigos para celebrar todos os bons momentos de sua vida, se ame, se cuide, saia bastante, faça muitos amigos e quando estiver mal, não se esconda, convide alguém para chorar, seja forte o bastante para demonstrar que estás fraco, pois não há um ser humano sequer que aprendeu a andar sem levar nenhum tombo e se você levar um tombo, abra o berreiro, chame socorro, mas saiba que os primeiros passos estão próximos, os passos mais importantes, aqueles que damos logo após levantarmos de uma queda!

sábado, 18 de agosto de 2007

ESSA VIDA DESCARTÁVEL...

Essa vida descartável...

A vida vai passando e estamos ficando craques em ir deixando coisas para trás, o amor que tínhamos por algumas coisas até certo tempo, dias atrás, já não temos mais, até o amor aos pais parece que se vai, afinal não há mais tanta vontade de pegar na mão deles, de dar um beijo, alegamos que o tempo passou e já somos “grandes”, mas será que é grande quem esquece o amor?

Vivemos uma vida descartável, vivemos o agora, a hora, o coma a vontade, mas coma rápido.

Uma vida que se gasta e desgasta em um piscar de olhos, abandonado coisas e pessoas e tudo que nos faça ou force a permanecer.

Onde será mesmo, que estão os nossos projetos do ano passado, onde estão os sonhos de tempos atrás? Será que acordamos? Onde você deixou seu marido, cadê a sua mulher, digo a primeira mulher com quem trocou juras de amor? Será que o ditado, quem jura mente, está certo?

Cadê o seu filho, cadê o nome do seu pai na sua certidão, por onde será e como estão àqueles amigos que você vivia dizendo que não vivia sem?

Estamos na era da vida descartável, ou melhor, da vida moderna e prática, parece que cada dia que acordamos, nossas mentes eliminam um dia atrás, vivendo os anos á frente esquecendo os passados, a cada ano novo, uma vida nova, uma casa nova, um carro novo, amigos novos, uma mulher nova, um filho novo e o que ficou para trás, já não serve mais, alias, onde estão os vencedores de reality shows e concursos musicais da TV? Porque não se ouve mais musicas de fenômenos do passado nas paradas de sucessos? Onde estão os filmes da extinta Atlântida? Quem foram mesmo Elvis, Elis, Carmem, Renato, Dener?

Estamos ficando sem memória e sem paciência para permanecer amanhã, com o que escolhemos hoje, se o marido errou, ande com a fila, se a mulher está fora do peso, às academias estão cheias de outras que estão dentro, se ele (a) ficou chato (a), tem muita gente legal por ai, engravidou? Eu não vou assumir isto e nem carregar este peso para o resto da vida, a faculdade está difícil, vou trocar de curso.

Sonhamos com o hoje, o nosso gosto e nossas escolhas são como fumaça, se dissipam rápido demais, a fila não anda, corre, agora se quer, amanhã não mais, isto me remete a um testemunho de um casal que vi, que faziam 70 anos de casados, ele com 90 e poucos anos, ela por volta dos 90 e perguntaram a ele: qual é o segredo? Ele declarou: um dia ela fala, no outro eu a ouço, como será possível? Na verdade isto só ocorreu e ocorre com alguns casai, devido à renúncia, pois somos tão modernos, tão sabidos, tão donos de nós mesmos que acabamos ficando apenas com nós mesmos, não ouvimos ninguém, não respeitamos ninguém, não “devemos” nada a ninguém, não é verdade? Estudamos tanto em tantos cursos, para depois desaprender a fazer conta de somar, pois se uma metade mais uma metade formam um inteiro, porque tantas metades numa noite, porque preferir ser apenas metade e nunca chegar a um inteiro?

Será que um ator de uma grande emissora de TV não conhece nenhuma menina de família? Quantas festas ainda não tinham para ir aqueles jovens que morreram num acidente de carro na lagoa? Quanto tempo não teria Susane histofen para curtir sua herança pega na hora certa? Quantos sorrisos você não podia ver do seu filho, se permanecesse com ele? Quantos abraços e carinhos após um dia ruin de trabalho você não teria para receber de sua mulher se permanecesse com ela, quantos cachorros quentes vocês não tinham ainda para dividir? Porque assumir o papel da morte no casamento?

A vida tem se tornado isso, tem se entornado nisso, nas estradas, nas camas, nas brigas, nas distancias, nas covardias que se é fugir do problema ao invés de resolvê-los, é melhor deixar para trás do que dar um passo atrás, desistir é mais fácil sim do que persistir, abandonar é mais rápido do que assumir, para desligar os aparelhos, basta apertar um botão, mas mantê-lo funcionado exige dedicação e cuidado com toda a mecânica do mesmo, deixar pra lá é melhor que ter que concertar, por isso deixamos as coisas de lado, as pessoas de lado, até a própria vida de lado!

Se no próximo mês eu não escrever mais aqui, tudo bem, outro escreve no meu lugar, se amanhã você não acordar mais, tudo bem também, afinal todos são substituíveis mesmo!

domingo, 5 de agosto de 2007

Que seja eterno, mas quanto dura?

Há um ditado dito por Vinícius de Moraes que diz: “que seja eterno enquanto dure”,

Este ditado é usado como letra de musica, frases em pára-choques, poemas, etc.

Os poetas escrevem muitas coisas reais e muitas são metáforas, mas como saber o que é real e o que é uma metáfora? Pois quando nos desentendíamos com um coleguinha na classe, ele dizia: vou te matar lá fora, quando nossos pais não nos davam ou faziam o que queríamos, dizíamos: há, queria que meu pai morresse, quando não estávamos satisfeitos com nossa situação financeira ou não tínhamos dinheiro para jogar fliperama ou comprar chicletes, dizíamos: quando crescer vou virar bandido!

Fazíamos afirmações baseados na nossa “ira” juvenil, criando metáforas e usando forças de expressões muitas vezes irreais e sem lógica.

Mas o que dizer do amor? Tanto se escreve, tanto se fala, tanto se mostra em filmes, peças, novelas, mas nesses dias, pouco se vê e por mais que não admitamos isto em público, a verdade é que todos um dia sentimos falta dos coleginhas de classe, das brincadeiras inocentes e até mesmo das briguinhas, largamos os fliperamas, alguns enjoaram das guloseimas infantis e outros sofrem com a perda , ainda naquela época, de um pai ou uma mãe!

Falar da eternidade é muito para nós, seres que vivem tão pouco, quando muitos objetos, arvores e animais, vivem muito mais que nós, mas falar de amor também não é coisa fácil, em dias onde se morrem mais de 200 pessoas e tudo que se faz é dizer: “o senhor tem que esperar” ou mesmo abrem-se discussões e criam-se pacotes de medidas que nunca são eficazes na resolução do problema, dias em que filhos matam os pais, amigos matam amigos, pessoas matam por discussões no transito, dias em que amamos demais uma coisa e já não mais amanhã, hoje dizemos em alto e bom som que não largaremos mais determinada coisa ou pessoa, amanhã parece que ela nunca foi presa a nós!

Trocamos de curso na faculdade, trocamos celulares, carros, de profissão, de grupo de amigos, de lugares que freqüentamos, trocamos de tudo que dizemos amar, que temos como nosso, um dia cursamos Direito, no outro preferimos Educação Física, um dia este é o carro que sempre quis, no outro estou de moto, trabalhar nisto é minha “praia”, no outro dia já não é mais a minha, hoje ando com você, amanhã tenho novos amigos, hoje aplaudimos, amanhã vaiamos, temos a coragem de sair do altar e parar no fórum, em um lugar juras de amor eterno, no outro ofensas e acusações!

O eterno enquanto dure, tem durado uma noite, um período, uma aventura e infelizmente quase nunca tem sido para sempre e se não é para sempre, não é eterno, usamos a desculpa do próprio verso, colocando duração nas coisas e principalmente nas pessoas, achando que cursando um período, já é eterno, achando que uma noitada já é bom demais, que é melhor dar uma ficada do que assumir um compromisso, que posso arrumar algo melhor e ganhar mais, ou mesmo, que não estou sendo valorizado como devo aqui, pensamos ter razoes para estas coisas, nos enchemos de razoes para tais coisas, esquecendo que muitas vezes perde a razão aquele que se enche de razão, esquecendo que às vezes um passo para trás significa andar mais do que dar uma corrida para frente, antes de pensar se temos motivo para tomar uma atitude, devemos saber se não demos motivo e em se tratando de pessoas, cabe outro ditado que diz: quando um não quer dois não brigam!

Quando trocamos de coisas e de pessoas em nossa vida, muitas vezes somos impulsionados pelo consumismo e pelo egoísmo, queremos o que é mais moderno ou que é mais bonito, não medindo as conseqüências, usamos o “eu”, querendo apenas o que é bom para nós, sem pensar em mais nada e em mais ninguém, importa muito mais que seja eterno enquanto dure, do que ser durável pela eternidade, assim damos as pessoas apenas a oportunidade de errar e a nós, a oportunidade de fugir!

Vivemos tentando fazer com que nossa palavra tenha crédito, mas a trocamos frequentemente, propagando voluntária e involuntariamente, essa troca de valores, troca de posições, de conceitos, de pessoas, de cama!

Para se fazer eterno, temos que quebrar o prazo de validade, que se viva pela vida e não por um momento que se use a poesia para abrilhantar a vida, mas se use os pés para vivê-la!

É preciso antes de escolher, pensar se vamos fazer eterno, se aquele prazer momentâneo será capaz de alegrar pelo resto dos dias, se um breve sorriso alegra a alma por toda a vida, se renunciar talvez não seja a melhor escolha, assim a escolha pela faculdade, durará a eternidade dos quatro ou mais anos, a escolha da profissão durará a vida inteira do bom e realizado profissional, a escolha dos amigos durará a eternidade que parecem ser os maus momentos e a escolha da pessoa amada, enfim, durará até que a morte os separe!

QUE SEJA ETERNO, MAS QUANTO DURA?!

Onde você deposita seus sonhos?

Sonhar não custa nada, assim diz um ditado muito popular e muito usado por todos nós. Realmente sonhar não custa nada e há sonhos que de fato servem de combustível para nossa vida.
Os sonhos nos ajudam a trilhar com mais firmeza os caminhos da realização, fazendo-nos superar os pesadelos que se apresentam pelo caminho. Sonhamos desde o nascimento e devemos sonhar até os últimos suspiros; sonhamos ser isto ou aquilo, termos coisas; sonhamos com o adulto que seremos e tudo o mais, mas quando vamos crescendo, sofremos mutações e não apenas o corpo passa por estas mudanças como também os nossos sonhos mudam. Aprendemos que alguns deles serviram apenas por aqueles momentos, mas que não serão levados mais a frente; outros serviram para nos levar até uma fase da vida, uns para manter a mente ocupada e outros sim, para levarmos até a fase adulta e trabalharmos para realizá-los.
Muitos sonhos são mantidos internos por bastante tempo, aliás, é assim com a maioria deles, pois isto serve para preservar alguns e amadurecer outros. Mas sempre haverá a hora de externá-los e nesta hora teremos que rever onde e em que eles foram depositados, pois muitos perderam, frustraram e abandonaram seus sonhos por depositá-los em coisas e pessoas erradas.
Vivemos muitos conflitos internos por causa de frustrações internas, frustrações com o pai, a mãe, amigos, vizinhos, líderes, chefes, etc. Temos uma gama de pessoas frustradas dentro de empresas, instituições religiosas e famílias por terem depositado seus sonhos ali e acharem que tudo que poderiam ter ou realizar seria através destes locais. Conforme o tempo passou e isto não aconteceu, abriu-se um abismo, abismo este que vai aumentando a cada dia, mês e ano que passa.
Um sonho é como uma bola correndo para a rua, e o sonhador de verdade, aquele que sabe onde depositar seus sonhos, é como uma criança atrás dela - nada nem ninguém a faz parar, nem mesmo uma avenida movimenta -, ela é capaz de subir em coisas, sujar a roupinha, fazer o que for necessário para alcançá-la.
Quando depositamos nossos sonhos em pessoas, estamos dando uma bagagem a mais para elas carregarem na estrada da vida e por mais que estas pessoas nos amem ou sejam nossas amigas, haverá um momento em que elas se sentirão pesadas demais para continuar. Todos nós nos sentimos assim um dia e, numa atitude talvez de sobrevivência, acabamos nos livrando do que não nos pertence.
A culpa do seu sonho não se realizar nunca é do outro, pois o único que tem a responsabilidade de fazer com que ele se realize é você!
Esta semana, enquanto assistia a alguns vídeos sobre futebol na internet, vi uma reportagem sobre o jogador Romário. Na matéria, ele estava com 17 anos e declarava ao repórter que estaria entrando no time profissional sabendo que aquela era uma oportunidade entre muitas que teria e que ao entrar faria o gol. A mesma matéria mostrava ele já com 41 anos e o repórter perguntava se também havia dito que era melhor que o maior ídolo do clube na época. Ele pensou um pouco e disse: “Não lembro, não posso afirmar isto”. Para muitos, Romário é um jogador “marrento”, e talvez seja mesmo, mas ele afirma que nunca imaginou estar fazendo outra coisa que não fosse jogando futebol e que muitas vezes olhou para ele mesmo, se motivou e imaginou que iria chegar, já que precisava ajudar os pais e familiares que moravam na comunidade do Jacarezinho.
Onde depositamos nossos sonhos? Será que vamos viver uma vida inteira para entender que ninguém vai realizá-los por nós? É hora de pararmos de engatinhar, de levantar dispostos a correr atrás da bola, da bola chamada sonhos - antes que alguém chute para mais longe ou um caminhão de problemas da vida acabe estourando-os.
Podemos parar os carros ou fazer com que alguém corra conosco. Talvez as declarações “eu sou o cara”, “vou ganhar a copa do mundo”, “não vejo ninguém melhor que eu na área”, “Deus me olhou e disse: aquele é o cara”, “quem reclama da bola é porque não sabe o que fazer com ela”, “vou fazer 1000 gols” sejam muito mais de auto-ajuda do que de auto-suficiência. Por isso, quando os seus sonhos forem somente seus, quando o único espaço que eles tiverem para circular for apenas o seu coração, quando o único cara que acreditar for você mesmo, diga a si mesmo que consegue; olhe para o cara do espelho e dê forças a ele, chame-o de melhor, chame-o de forte, diga que Deus está olhando para ele e apoiando-o; diga com toda força, tenha você um microfone ou não, tenha platéia ou não; faça com que seus sonhos circulem em você com toda força como carros de fórmula 1; sem se importar quantas voltas tenha que dar, faça-os cruzarem a linha de chegada mais importante que eles têm de cruzar - as suas emoções -, pois um sonho se realiza primeiro no coração de quem sonha, ainda que não se tenha uma peça dele nas mãos.
Um coração puro e seguro do que faz não há quem segure, nada pode pará-lo, ninguém pode fazê-lo acordar antes que ele se concretize. Então levante-se e corra, porque a bola está indo para a rua!

sexta-feira, 29 de junho de 2007

MEU CURRÍCULO MUSICAL

CurriculumLucianoPierre.jpg

OS DIFERENTES NA TERRA DOS IGUAIS!

Os diferentes na terra dos iguais

Por mais que as pessoas digam? Eu sou diferente ou eu não sou maria vai com
as outras, no final elas sempre se parecem com alguém.
Tentar ser diferente, é uma tarefa em vão, pois ser diferente não é para se
tentar ser, diferente se é.
As pessoas não são todas iguais, cada uma possui um modo de falar, de
vestir, de agir, uma identidade, mas ao longo da vida vamos nos associando a
grupos, relacionamo-nos com pessoas e nesta hora acabamos adquirindo os
costumes deste ou daquele determinado grupo.
A antropologia afirma que por mais estranho que pareçam os costumes de um
determinado grupo, devemos antes de criticá-lo, observá-lo e estuda-lo para
podermos entendê-lo. O que parece estranho para uns , para outros é super
normal, uns preferem a calça caindo, outros a preferem com um cinto, uns
querem falar eloqüentemente, outros falam quase que por dialeto, uns pedem o
corte de cabelo baixinho por igual, outros arrepiam tudo ou preferem bem
colorido, a roupa que para uns já esta estragada pelos rasgos, para outros
esta no ponto, a camisa de alguns e sempre o numero certo, a de outros, uns
dois tamanhos acima, uns usam pastas, outros mochilas rabiscadas, para uns
esta tudo jóia, para outros está show, o que para uns e belo, para outros é
“responsa”.
Mesmo com tantas diferenças, ao final somos iguais, vivemos numa terra dos
iguais, em um determinado momento acabamos nos vestindo, falando e agindo
como um determinado grupo!
Mas será que existem diferentes na terra dos iguais? a mídia prega o mesmo
para todos, prega que todos devem se vestir como a moda, comprar o que foi
lançado agora, comer a última novidade gastronômica, usar o que esta sendo
proposto, o que está sendo oferecido.
Mas mesmo com toda esta globalização, existem os diferentes e me arrisco a
afirmar que não deve ser tarefa fácil viver na terra dos iguais, quando
todos decidem ir para a direita o diferente prefere ir para a esquerda e por
mais que ele se vista de uma ou outra forma, sua diferença não está externa,
ela está
interna, ele pode ir onde todos vão, comer o que todos comem, até falar como
alguns falam, mas suas atitudes o denunciam ser um diferente!
A historia nos revela que estes sempre existiram, pois muitas coisas que
desfrutamos hoje , foram criadas por diferentes, a lista de diferentes é
farta e eclética, pessoas que ousaram fazer diferente e fizeram diferença
não só em suas vidas como na vida de pessoas.
Não deve ter sido fácil para Maria ver um filho nascer crescer e morrer,
alegando que fazia isto pelo povo, ouvir declarações de que o seu pai não
era José, ver um filho morrer pendurado na madeira, sem se casar ou se quer
deixar um filho, imaginem a mão de Bethoven vendo aquele menino jogar um
balde d' água na cabeça a cada vez que errava, como deve ter sido
aconselhado a parar com aquela loucura de voar, o jovem Santos Dumond,
enquanto todos saiam com suas namoradas, iam ao Shopping, jogavam futebol,
assistiam a filmes, peças e shows, estes e muitos outros personagens
históricos, se empenhavam em suas descobertas!
Talvez se pudessem, os diferentes viveriam em uma terra feita só para eles.
Onde ninguém acharia estranho se empenhar em uma missão e só sair dela ao
vê-la completa, seria mais fácil, fácil aliás para todos nós, viver em um
lugar onde só viessem incentivos, onde achassem tudo normal, onde ninguém se
preocupasse com o que o outro está fazendo, ninguém tentasse se meter ou
entrar no que o outro está fazendo, mas será que os diferentes seriam
felizes em uma terra sem desafios?
Os diferentes sempre existiram e continuam aparecendo nos dias de hoje ou
será que podemos chamar de igual a todos um cara que após ser menino de rua
e adotado por uma senhora, se torna um dos maiores professores e o um dos
caras que leu o maior número de livros? Como classificar igual o menino
pobre que faz mil gols? Como deixar na mesma prateleira um camelô que se
torna um dos maiores empresários do país e dono de uma emissora de TV? Será
que Bernardinho é apenas um técnico de vôlei? O que dizer do vendedor de
amendoim no sinal, que hoje tem dois funcionários registrados e chega a ter
um ganho mensal de R$10,000,00? Será que tem apenas um instinto materno, a
mulher que adotou e cuida de 46 crianças?
Este mês saiu nos jornais que o jogador Kaká declarou ter se casado virgem,
que ele e sua namorada decidiram fazer, enquanto namorados e noivos, um voto
de castidade.
Em uma sociedade que diz que está tudo liberado, que você é dono do seu
nariz e faz o que você quer, não deve ser fácil ser dono de si mesmo a ponto
de escolher fazer o contrario, mas os diferentes na terra dos iguais são
aqueles que não remam contra a maré, mas sim os que escolhem o barco e o
remo certo, se preocupando muito mais do que com a maré, se preocupando com
seu comportamento e contribuição no curso do barco! Pois quem rema contra a
maré está indo contra a linha de chegada e quem não escolhe o barco e o remo
correto, acaba se afogando como carona!
Por mais que a terra dos iguais seja um lugar difícil e perigos para os
diferentes, ambos precisam um do outro, pois o que faz os diferentes se
tornarem “grandes”, são os desafios da terra dos iguais e quando eles assim
se tornam, deixam um legado de coragem, dedicação, superação, para que os
iguais em algum momento possam escolher serem diferentes, possam entender
que é melhor tirar a mascara do que a roupa, é melhor ter horário para
chegar do que não chegar nunca mais, é melhor ter um limite de velocidade do
que atravessar o limite da vida, é melhor deixar de ser o numero um e ser
chamado quadrado e ruin, do que ser o primeiro a ter a cirrose rolando no
sangue, e tendo como boa , apenas a assistência médica recebida.
Como chamar a terra onde filhos matam seus pais, onde o apelo sexual está
até em propaganda de infantil, onde se prega: bebam todas, saiam com todas,
tenham amantes, aceitem propinas, afinal ninguém fica rico trabalhando, uma
terra onde ninguém se preocupa com o outro, onde a maior filosofia é: “pra
chorar a minha mão, que chore a sua primeiro, onde o menores que cometem
crimes , onde os idosos morrem na fila, onde um policial tem que passar
horas em locais frios e vazios, sem poder se quer dar um tiro, por faltar
balas, uma terra em que os responsáveis por defender o povo, dando-lhe
mecanismos de melhoria de vida, se preocupam apenas em encher seus bolsos,
tirando do povo, sem se quer responder por isso, andando livremente pelas
ruas, mesmo após confessarem, uma terra em que o lugar na fila, a liberdade,
a vaga no emprego e até mesmo os corpos, possuem um preço, onde a lei do:
você vale o que você tem, impera, como chamar esta terra?
Será que existe classificação para ela?
Dizem que quem faz o lugar são as pessoas, quem modifica a terra são seus
moradores, por isso podemos pensar que esta seria uma boa hora de para
analisarmos quem vive nesta terra, hora esta de procurarmos dentro de nós o
povo que conquista com braços fortes, braços capazes de acariciar alguém,
fortes o bastantes para conter o egoísmo e se empenhar em trazer a
igualdade, antes que nossos bosques percam a vida de vez e acabemos vivendo
na terra dos iguais, iguais a tudo de ruin que vemos no mundo, devemos nesta
hora deixarmos de ser caronas no barco, que apenas descruzam os braços para
remar contra a maré e passarmos a passageiros diferentes que fazem
diferença, diferença não apenas no curso da sua própria história, na
história de outros, na história da terra, não a terra de um ou de outro, mas
sim a terra natal dos que realmente fazem diferença!